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Nyusi quer diálogo urgente e fim dos ataques da Renamo


Como tem sido habitual nas visitas às províncias, o Presidente da República não deixou de lado um dos principais temas na agenda do dia: os confrontos armados no centro do país. Em Nampula, onde ontem iniciou uma visita de três dias, Filipe Nyusi deplorou o facto de estarem a ocorrer ataques enquanto equipas negociais da Renamo e do Governo se reúnem periodicamente para tentar desbloquear as diferenças entre as partes.
O Chefe de Estado exige que o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, mande cessar os ataques e diz que está pronto para o diálogo a qualquer momento. Para o Presidente da República, não faz sentido matar inocentes em nome da democracia ou de qualquer reivindicação.

“Na região centro do país, há uma tensão militar instalada. As pessoas não podem dormir à vontade, porque há quem vai atrás para as matar. Dizem que ganharam eleições nalgumas províncias, por isso, devem governar e, se não governam, queimam as casas. Eu que ganhei aqui em Liúpo, como é que vou fazer?”, questionou Filipe Nyusi perante centenas que populares que acompanhavam o comício.
É de lembrar que, semana passada, o Presidente da República e o líder da Renamo decidiram reforçar as equipas de diálogo com mais três elementos de cada parte.


Preocupações de Liúpo
Liúpo é um dos 13 novos distritos cuja criação foi aprovada pela Assembleia da República (AR), em 2013. Até então, o novo distrito era um posto administrativo pertencente ao distrito de Mogincual. Localizado a sul da província, Liúpo tem uma população estimada em 88 mil habitantes, sendo a agricultura e pesca as principais actividades económicas.
Numa mensagem apresentada por ocasião da visita presidencial, a população manifestou a sua preocupação com a situação que se vive no país, sobretudo na região centro, caracterizada por ataques dos homens armados da Renamo contra alvos civis e militares.

A população de Liúpo apresentou, também, algumas necessidades, como o estabelecimento de uma instituição bancária, expansão da rede eléctrica nacional às localidades, elevação do posto de saúde local à categoria de hospital distrital e introdução do ensino técnico-profissional virado à área da agricultura.

Antes mesmo da população colocar estas preocupações, Nyusi adiantou que sabia dos problemas de Liúpo, avançando que se trata de desafios cuja solução não só depende do Governo, mas de todos os moçambicanos. “Eu sei que há vários problemas neste distrito. Todos juntos temos de trabalhar para os resolver”, afirmou.

Filipe Nyusi reiterou, na ocasião, a sua disposição em tudo fazer para a paz em Moçambique, convidando os presentes para que também contribuam para o estabelecimento desse clima de paz e estabilidade. Igualmente, exortou para um trabalho árduo de todos os moçambicanos, como forma de resolver o problema de carestia da vida no país.
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